Banco do Brasil (BBAS3): Alertas de analistas pesam sobre as ações

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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentaram uma queda acentuada nesta sexta-feira (6), após duas grandes instituições financeiras internacionais, o Citi e o Goldman Sachs, revisarem suas recomendações para o papel. Ambos os bancos cortaram a classificação de “compra” para “neutra”, citando preocupações em relação ao desempenho projetado da instituição no próximo ano.

Cenário macroeconômico desafiador
O Citi destacou que o ambiente de juros elevados no Brasil, somado ao alto endividamento das famílias, pode impactar negativamente o mercado de crédito. Esse cenário tende a levar a uma desaceleração no crescimento da carteira de crédito e a taxas de inadimplência persistentemente altas, fatores que pesam sobre os resultados futuros do banco.

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Dificuldades no agronegócio
O Goldman Sachs chamou atenção para a deterioração da qualidade dos ativos relacionados ao setor do agronegócio, uma das principais frentes de atuação do Banco do Brasil. Apesar de sua relevância estratégica, o setor enfrentou dificuldades nos últimos meses, aumentando os riscos associados a essa carteira de crédito.

Crescimento limitado do lucro
Os analistas das duas casas de análise acreditam que o ritmo de crescimento dos lucros do Banco do Brasil será inferior ao de seus pares privados em 2025. Com isso, os papéis perderam atratividade frente a concorrentes como Itaú e Bradesco.

Ambos os bancos ajustaram o preço-alvo para as ações do Banco do Brasil para R$ 26,00, representando um potencial de valorização de apenas 2% em relação ao fechamento do dia anterior, quando os papéis estavam cotados a R$ 25,48. Na tarde desta sexta-feira (6), as ações recuaram ainda mais, sendo negociadas a R$ 24,51, uma queda de 3,81% até as 14h22.

Além do Citi e do Goldman Sachs, o Itaú BBA também emitiu um relatório destacando sua postura cautelosa em relação ao BBAS3. O banco apontou que:

  • Custos de crédito elevados podem continuar pressionando os lucros.
  • Despesas administrativas devem crescer acima da inflação.
  • A margem financeira líquida já está em declínio, reflexo de renegociações mais frequentes.

O Itaú BBA projeta um crescimento de lucro de apenas 4% para o Banco do Brasil em 2025, bem abaixo de instituições como o Bradesco (20% de crescimento esperado). Apesar disso, o banco reconhece que o Dividend Yield (DY) do BB pode alcançar 11%, tornando o papel uma alternativa atrativa para investidores que buscam renda passiva.

Enquanto alguns analistas demonstram maior cautela, outros ainda enxergam espaço para recuperação:

  • O BTG Pactual avalia que, apesar de taxas de inadimplência pressionadas, a alta da Selic pode favorecer as margens financeiras do BB. O banco manteve sua recomendação de compra, com um preço-alvo mais otimista de R$ 34,00.

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O Banco do Brasil, embora enfrente desafios significativos no cenário atual, ainda apresenta atrativos para diferentes perfis de investidores. As recomendações divergentes ressaltam a importância de uma análise detalhada antes de qualquer decisão. Para investidores focados no longo prazo, o potencial de dividendos continua sendo um ponto positivo, enquanto os mais cautelosos podem optar por acompanhar os desdobramentos do cenário econômico e setorial em 2025.

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