As bolsas de valores dos Estados Unidos encerraram mais um pregão em alta nesta quarta-feira, em um movimento amplamente sustentado pelo forte desempenho de empresas de tecnologia. Investidores permaneceram otimistas em relação às perspectivas de crescimento das gigantes do setor, enquanto a volatilidade em outros setores foi compensada pelos ganhos significativos das big techs.
Nasdaq lidera alta com valorização robusta
O índice Nasdaq, que tem grande peso de empresas de tecnologia, fechou em alta de 1,9%, refletindo os ganhos expressivos de ações como Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet. O otimismo veio na esteira de resultados financeiros acima das expectativas divulgados por algumas dessas empresas, além de expectativas crescentes em torno de novas tecnologias baseadas em inteligência artificial e semicondutores.

Dow Jones e S&P 500 também avançam
O Dow Jones subiu 0,8%, marcado por uma recuperação em setores mais tradicionais, enquanto o S&P 500 avançou 1,2%. Ambos os índices foram beneficiados pelos movimentos de alta das techs e pela menor aversão ao risco observada nos mercados, após declarações do Federal Reserve sinalizando uma possível estabilização da política de juros no próximo ano.
Gigantes de tecnologia continuam ditando o ritmo
O protagonismo das big techs não é novidade, mas o momento é particularmente favorável para essas empresas, dadas suas iniciativas em tecnologias emergentes. A Microsoft viu suas ações saltarem 3%, refletindo o otimismo com o Azure e novos produtos baseados em IA. A Nvidia, outra peça-chave nesse segmento, também apresentou forte valorização de 4%, com expectativas crescentes para seus chips de última geração.

Já a Amazon, em alta de 2%, foi beneficiada pela divulgação de estratégias para expandir sua operação de nuvem e inteligência artificial, áreas vistas como fundamentais para sustentar o crescimento da empresa no médio prazo.
Cenário econômico melhora perspectivas
O apetite por ações de tecnologia ocorre num momento em que o mercado espera uma pausa no ciclo de altas de juros promovido pelo Federal Reserve. Declarações recentes de autoridades do banco central sugerem que a política monetária possa estar próxima de atingir seu nível de restrição ideal, o que favorece investimentos em ativos de crescimento, como os papéis de tecnologia.
Além disso, a inflação ao consumidor nos EUA apresentou desaceleração, reforçando a visão de que o cenário macroeconômico pode continuar sustentando uma recuperação mais consistente dos índices acionários.
Impactos para o investidor brasileiro
Os ganhos nas bolsas americanas são um indicativo de força do mercado de tecnologia, o que pode impactar ETFs e fundos multimercados globais disponíveis na B3. Para investidores brasileiros expostos ao exterior, a valorização dessas ações se traduz em melhores retornos para investimentos em papéis como IVVB11, que acompanha o desempenho do S&P 500.
Embora o otimismo atual esteja ancorado em expectativas positivas para o setor de tecnologia, os mercados seguem atentos a dados econômicos e movimentos da política monetária. Novas leituras sobre inflação e dados de emprego nos EUA devem ser acompanhados de perto, podendo influenciar o rumo dos mercados em um cenário ainda sensível às condições macroeconômicas.
A força das gigantes de tecnologia reafirma o potencial de inovação e lucratividade do setor, colocando-as mais uma vez como motores de recuperação e crescimento das bolsas americanas. Para muitos, o questionamento agora não é se a tecnologia continuará dominando o mercado, mas até onde esse movimento poderá ir em um futuro próximo.
Font: Bloomberg