Na última sessão do ano, o dólar registrou queda após o Banco Central (BC) realizar um leilão de venda de US$ 1,815 bilhão no mercado à vista. Antes da intervenção, a moeda americana estava cotada acima de R$ 6,20, refletindo a volatilidade característica do período. Com o leilão, o dólar recuou para aproximadamente R$ 6,1853, representando uma queda de 0,12%.

Desde o início das intervenções em 12 de dezembro, o BC já vendeu US$ 32,59 bilhões para conter a desvalorização do real. A sessão também foi marcada pela formação da taxa Ptax de fim de mês, utilizada para precificar contratos cambiais, contribuindo para a volatilidade observada.
Impactos futuros no câmbio
A escalada do dólar em dezembro foi amplificada por preocupações com o quadro fiscal doméstico e incertezas quanto à condução da política monetária dos Estados Unidos. O BC brasileiro decidiu intervir fortemente no mercado para garantir a funcionalidade e evitar movimentos desordenados na taxa de câmbio, estratégia que vem sendo enfatizada pelo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo.
A despeito do alívio momentâneo gerado pelos leilões, analistas alertam que a volatilidade deve persistir em 2025. O mercado cambial continuará sensível aos desdobramentos fiscais e às movimentações na política monetária global, particularmente nos Estados Unidos. A última sessão de 2024 encerrou não apenas um ano volátil no mercado financeiro brasileiro, mas também um período de transição para o Banco Central, que reforçou sua atuação no câmbio para manter a estabilidade em meio a desafios econômicos.
Font: infomoney