Com a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, o Brasil consolidou sua posição como o segundo país com maior taxa de juro real no mundo, ficando atrás apenas da Turquia.
Ranking Global de Juros Reais
O estudo abrange os 40 mercados mais importantes no cenário de renda fixa, levando em consideração dados das últimas duas décadas e meia. No cálculo que ajusta os juros nominais pela inflação, o Brasil apresenta uma taxa de juro real de 9,48% ao ano, ocupando o segundo lugar global. A liderança permanece com a Turquia, que possui uma taxa real de 13,33%, enquanto a Rússia vem em terceiro com 8,29%.
Impactos na Economia Brasileira
O elevado juro real do Brasil é frequentemente apontado como um atrativo para investidores estrangeiros, devido ao retorno significativo oferecido em relação a outros mercados. Contudo, essa política monetária também tem seus custos. Taxas de juros altas tendem a encarecer o crédito para empresas e consumidores, reduzindo investimentos e consumo, enquanto busca conter a inflação.

Além disso, o Brasil enfrenta o desafio de manter um equilíbrio entre o controle inflacionário e o incentivo ao crescimento econômico. A elevação da Selic reflete o esforço do Banco Central em segurar as expectativas inflacionárias para 2024 e além.
Perspectivas para o Brasil
Especialistas apontam que o Brasil deverá continuar com uma política monetária cautelosa, considerando os desafios fiscais e as expectativas de crescimento econômico. Embora a inflação esteja em desaceleração, incertezas globais e internas podem exigir ajustes adicionais na Selic.
Com o segundo maior juro real do mundo, o Brasil se posiciona como uma das principais opções para investidores buscando rendimento em renda fixa, mas enfrenta o custo econômico de sustentar taxas tão elevadas.
Veja o ranking:
1. Turquia 13,33%;
2. Brasil 9,48%;
3. Rússia 8,29%;
4. Colômbia 6,46%;
5. México 5,75%;
6. África do Sul 4,48%;
7. Indonésia 4,19%;
8. Filipinas 2,92%;
9. Índia 2,43%;
10. Hong Kong 2,13%;
11. Reino Unido 2,09%;
12. Hungria 1,87%;
13. Estados Unidos 1,65%;
14. Tailândia 1,43%;
15. Cingapura 1,33%;
16. Chile 1,30%;
17. Malásia 1,19%;
18. Austrália 1,18%;
19. Israel 1,17%;
20. Coreia do Sul 0,75%;
21. República Checa 0,58%;
22. França 0,47%;
23. Itália 0,41%;
24. Nova Zelândia 0,39%;
25. Áustria 0,30%;
26. Alemanha 0,29%;
27. Polônia 0,15%;
28. Argentina 0,07%;
29. China -0,03%;
30. Grécia -0,06%;
31. Espanha -0,22%;
32. Suíça -0,22%;
33. Portugal -0,23%;
34. Taiwan -0,57%;
35. Suécia -0,59%;
36. Canadá -0,77%;
37. Bélgica -1,14%;
38. Japão -1,45%;
39. Dinamarca -2,10%;
40. Holanda -3,92%;