A Petrobras (PETR4) enfrenta atualmente uma defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional, com o diesel apresentando uma diferença de 22% e a gasolina de 13% Essa discrepância ocorre devido à manutenção dos preços internos, mesmo diante da alta do petróleo Brent e da valorização do dólar. Analistas do Goldman Sachs estimam que, se as margens atuais persistirem ao longo do trimestre, pode haver uma redução de aproximadamente 7% no EBITDA ajustado consolidado da Petrobras para o primeiro trimestre de 2025.

Apesar dessa pressão nas margens de refino, os ganhos no segmento de exploração e produção, impulsionados pelos preços mais elevados do petróleo, podem compensar parcialmente essas perdas.
Em relação aos dividendos, o Goldman Sachs mantém uma recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 45,10 para PETR4, indicando um potencial de alta de 22%. Eles projetam um rendimento de dividendos estimado de 14% para 2025, sendo 12% de dividendos ordinários e 2% de potencial remuneração extraordinária
O Morgan Stanley também mantém uma visão positiva, com preço-alvo para o ADR (PBR) de US$ 19,50, sugerindo um potencial de alta de 44%. Eles destacam a resiliência dos fluxos de caixa da Petrobras e a possibilidade de distribuir US$ 3,5 bilhões em dividendos extraordinários em 2025, o que resultaria em um rendimento de dividendos atraente de aproximadamente 16%
Em resumo, embora a defasagem nos preços dos combustíveis possa pressionar as margens de refino da Petrobras, as perspectivas para os dividendos permanecem positivas, sustentadas pelos ganhos no segmento de exploração e produção e pela sólida geração de caixa da empresa.
Font: suno